A história da Luís Simões inicia-se nos anos 30, quando Fernando Luís Simões e Delfina Rosa Soares, ainda adolescentes, transportavam, de carroça, hortaliças e fruta produzidas pelas suas famílias para os mercados abastecedores de Lisboa e da Malveira. Em 1945 casam e iniciam, paralelamente, uma actividade hortícola e abrem uma mercearia. Em 1948 Fernando Luís Simões aventura-se a tirar a carta de condução de veículos pesados e o casal compra o seu primeiro camião.
Década de 1950 – Os primeiros camiões
Entre 1952 e 1960 Fernando Luís Simões compra mais alguns camiões, que se vão substituindo, e diversifica os serviços de transporte de produtos hortícolas para transporte de materiais de construção. Entre os principais clientes destaca-se a Novobra, empresa de construção civil que viria a ter uma influência decisiva na dinâmica comercial da Luís Simões.
Década de 1960 – A primeira sociedade
Nestes anos assiste-se ao boom da política de Obras Públicas do Estado Novo e ao início da indústria de alimentos compostos para animais.
Fernando Luís Simões especializa-se no transporte de cereais a granel e nos transportes de materiais para a construção civil, sempre a par da actividade hortícola e de comércio (mercearia).
Por imposição legal, a "Transportes Luís Simões, Lda." é constituída em 1968 a fim de dar forma ao negócio que existia.
Década de 1970 – A passagem do testemunho
Em 1973 a gerência da sociedade é cedida pelo casal fundador aos seus filhos Leonel, José Luís e Jorge. É nesta altura que definem o seu conceito de estar no mercado: a uma procura variável e aleatória deve corresponder uma frota de veículos flexível e adaptada ao mercado. O importante não é possuir camiões mas servir clientes. Consequentemente, opta pela subcontratação de cerca 50% da frota, estratégia que se mantém até aos dias de hoje.
Após a Revolução de Abril dá-se a falência do principal cliente, que correspondia a 80% do total da facturação da empresa. E é daqui que os sócios retiram a primeira grande lição: não depender de apenas 1 cliente.
Nesta década é levada a cabo a primeira experiência na distribuição domiciliária com cobertura total do território português., a sociedade adquire equipamento para transporte de carga indivisível e começa a fazer transportes especiais, e em 1979 dão-se os primeiros passos no sentido da informatização da empresa.
Década de 1980 – A aposta em Espanha
Em 1981 a "Transportes Luís Simões" abre a sua primeira filial, no Porto. Em 1982 ministra aos motoristas a primeira acção de formação, onde é passado um filme sobre Prevenção.
Em 1983 Portugal é assolado por uma profunda crise económica que afecta consideravelmente o sector da construção civil, que representava, à época, cerca de 50% dos negócios. Desta crise, os irmãos Simões tiraram a segunda grande lição da sua história: nenhum sector de actividade deve representar mais do que 20% do volume de vendas.
Mas é a internacionalização para Espanha que marca a década de 80. Em 1985 é criado o Departamento de Tráfego Internacional, gerido a partir da sede, em Loures, aposta estratégica que marca definitivamente o futuro da Luís Simões.
Definem-se pela primeira vez linhas estratégicas para a missão da TLS: a segmentação dos negócios por áreas de actividade e a liderança de mercado nos transportes rodoviários de mercadorias em Portugal, o que veio a verificar-se em 1993.
Década de 1990 – O desafio da Logística
A Luís Simões cria uma empresa de direito espanhol, com sede em Madrid e consolida-se a presença nesse mercado, com a abertura de delegações na Andaluzia, Catalunha e Galiza.
Antecipando as consequências logísticas do mercado europeu inicia-se em Portugal a actividade logística.
Segmentam-se e diversificam-se os negócios para áreas tão distintas como sejam a gestão de frotas, a construção de carroçarias e a gestão imobiliária.
A década de 90 assiste à certificação da qualidade dos principais negócios pela norma ISO 9002:1995, à instalação de sistemas integrados de gestão de armazéns, transportes e distribuição e, coincidindo com o 50º aniversário da Luís Simões, à renovação da imagem institucional e à inauguração do Centro de Operações Logísticas do Carregado, uma unidade de referência na Península Ibérica, à época.
Década de 2000
Alarga-se a actividade logística a Espanha.
Institui-se a Rede LS, um modelo de franchising de produção, a fim de profissionalizar o sector e garantir uma subcontratação com o nível de serviço garantido pela frota própria da LS, e ocorre mais um salto tecnológico na gestão de operações com a introdução da Informática Embarcada e o Sistema de Posicionamento por Satélite (GPS) nos veículos, e instala-se a Rádio-frequência e a leitura óptica por código de barras nos armazéns.
O Portal LSnet constitui-se como ferramenta tecnológica avançada em ambiente web na gestão do relacionamento da Luís Simões com os seus parceiros de negócio (clientes e fornecedores).
Em 2008, a LS assinou a Carta Europeia de Segurança Rodoviária , uma iniciativa da Comissão Europeia que prevê reduzir o número de vítimas mortais nas estradas para metade, até 2010.
Para celebrar 60 anos de actividade, inaugura do Centro de Operações Logísticas do Futuro, no Carregado, um armazém automático que vem melhorar a oferta de soluções logísticas e reforçar a marca de inovação e pioneirismo da Luís Simões. procede-se à actualização da identidade corporativa com um logótipo mais curvilíneo, o "L" e o "S" estão ligados através de uma estrada com curvas, que simboliza a Península Ibérica, área de actuação da empresa. A cor continua a ser verde, mas agora num tom mais claro e actual. Verde porque sempre foi a cor institucional e porque reflecte a preocupação ambiental da LS.
Também no ano da comemoração do 60º aniversário da LS, João da Mata Isidoro, motorista da LS há 27 anos, recebe o Diploma de Honra da IRU. Nos anos seguintes a IRU distingue mais dez motoristas Luís Simões com o seu Diploma de Honra.
Década de 2010
Em 2010 ocorre a implementação do E@sy7, uma plataforma costumizada de fatura electrónica que permite aos transportadores subcontratados transportar, entregar a mercadoria e receber o respetivo pagamento em 7 dias.
No final de 2010 a Luís Simões procedeu a duas fusões no seu seio, em empresas que vinham a sobrepor e complementar as suas actividades prestadas. No
core business - logística e transporte, as empresas “Transportes Luís Simões”, “Distribuição Luís Simões” e “Transportes Reunidos” deram lugar à Luís Simões Logística Integrada S.A. Nas atividades complementares, as empresas “Socar” e “Reta” assumem a designação de Reta – Serviços Técnicos e Rent-a-Cargo, S.A.
Inicia-se a prestação de um novo serviço: a gestão de entrepostos fiscais, e os serviços de logística promocional ganham novo impulso.
Em 2011 a aplicação LS Mobile oferece informação em tempo real através do telemóvel para a gestão dos pedidos e detalhes das entregas.
PORTUGAL In Made pretende ainda destacar alguns projetos deste grupo:
1 - Projeto PERA
A Luís Simões associou-se ao PERA – Programa Escolar de Reforço Alimentar, para o transporte de pequenos-almoços destinados a alunos carenciados de escolas de norte a sul do País.
O projecto PERA, que conta com a tutela do Ministério da Educação e da Ciência (MEC), arrancou como projecto piloto em Maio deste ano, abrangendo 120 escolas e cerca de 12 mil alunos.
“A parceria da Luís Simões com o programa de pequenos-almoços na escola enquadra-se na sua política de responsabilidade social, e tem como objectivo promover uma melhor educação e hábitos alimentares dos alunos com maiores carências nas escolhas portuguesas. É uma forma de contribuir para um melhor dia-a-dia de centenas de crianças e jovens com carências alimentares em idade escolar”.
2 - Projeto FUTURO
A Luís Simões associou-se ao projeto “FUTURO”, programa ambiental de plantação de árvores na Área Metropolitana do Porto, através do transporte de cerca de 15.000 árvores nativas, desde os viveiros do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), onde foram germinadas as pequenas plântulas, até ao Porto. Destas, 2.000 são apadrinhadas pela empresa evidenciando a promoção de boas práticas ambientais e o envolvimento com a proteção do meio envolvente.
“O setor dos transportes é caracterizado pelo consumo de derivados de petróleo e, consequentemente, emissão de gases com efeito de estufa (GEE). O apadrinhamento de 2.000 árvores representa um potencial de compensação de 406 toneladas de carbono num período de 40 anos, equivalentes a 146.000 litros de combustível (gasóleo)”.
O projeto “FUTURO” visa recuperar e renaturalizar aproximadamente 100 hectares de floresta urbana através da plantação de 100.000 árvores e arbustos nativos da região até 2016, dando prioridade a áreas recentemente sujeitas a incêndios, margens de linhas de água descaracterizadas e parcelas previamente ocupadas com monoculturas de eucalipto ou espécies invasoras. É uma iniciativa gerida pelo Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto (Cre.Porto) e inclui uma forte componente de formação dos cidadãos e promoção da cidadania ativa. A meta para a época de plantação 2012-2013 é plantar 22.000 árvores nas 21 parcelas de intervenção identificadas nos 11 municípios envolvidos, envolvendo cerca de 3.000 cidadãos.