terça-feira, 20 de novembro de 2012

Jump Willy Lda


Com a paixão pela animação digital e pela música nas respectivas bagagens - um à espera de rumar para o Canadá, em busca de mais uma certificação internacional, e o outro em trânsito para receber um prémio europeu em Berlim -, quis o acaso que João Seabra e Pedro Marques escolhessem o aeroporto de Frankfurt como rampa de lançamento para um projecto comum. Antes de arrancarem com a Jump Willy, em 2009, na incubadora da Universidade Católica do Porto, os dois empreendedores avançaram a passos cautelosos, durante um ano: de Setembro de 2008 até Setembro do ano seguinte, trabalharam a partir de casa para cortar despesas e evitar pedir emprestado à banca. Entretanto, foram saciando a «fome» a clientes, dentro e fora de portas, como os grupos BMW, Lexus, Opel, KIA (automóveis), Lidl (distribuição), McVities (bolachas), Stella Artois e Unicer (cervejas) ou Vodafone e TMN (telecomunicações).

É pura ilusão. Ou, melhor dizendo, é uma «fantasia» que passa por cima das leis da Física para aterrar na capacidade de acreditar do ser humano. E é uma «ferramenta de visualização da imaginação» como João Seabra não conhece outra igual. Juntando a animação digital à composição musical no mesmo pacote criativo, a empresa nortenha desenha imagens e animações em computador, a duas e três dimensões (preferencialmente em 3D) e compõe bandas ou ambientes sonoros para os universos da publicidade, cinema ou videojogos.

Além de dar movimento e vida sonora a animações tridimensionais em campanhas publicitárias, longas e curtas-metragens e videojogos, o estúdio que parte do Porto para levar a arte portuguesa ao mundo já deu corpo a videoclipes de artistas e grupos nacionais como Luísa Sobral, Tiago Bettencourt ou Mind da Gap e até criou toques polifónicos para a Sony Ericsson.

Até Hollywood já ouviu falar na Jump Willy. Para um filme de acção como «Command Performance», realizado e protagonizado por Dolph Lundgren, coube-lhe co-produzir a banda sonora, em parceria com o compositor sueco Adam Nordén. 90 por cento do negócio da composição musical ecoa no estrangeiro, já que a maior parte dos trabalhos se destina a exportação, tendo os Estados Unidos e os países escandinavos como principais destinos. A somar ao escritório em Los Angeles, a partir de onde Pedro Marques dirige a maioria das composições, a Jump Willy tem representações, nas duas áreas em que actua, em Estocolmo, Lyon e Barcelona. E prepara-se para, em breve, fazer o mesmo em Macau.

Orgulhando-se de dar a cara por uma «empresa criativa e não tecnológica», João Seabra foi distinguido pela União Europeia como um dos 100 talentos jovens europeus, ao receber o prémio Young European Creative Talent, em 2009.

Referência: Artigo "Portugal faz bem - Negócios animados" publicado na edição nº 1028 da revista VISÃO


Onde comprar: studio@jumpwilly.com

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